terça-feira, 8 de agosto de 2023

 Charles Bezerra Cabral

francisco.charles@ipa.br

87-9.9658.1350

 

    Dando sequência a Literatura Cordelista, publicamos  mais um exemplar do primo poeta Rena Bezerra.

 

VALEI-ME MEU “PADIM CIÇO’!

Autor: Rena Bezerra

(Poeta e professor)

 1

Em Juazeiro do Norte

Estado do Ceará,

Viveu o Padre mais forte

Que já se ouviu falar,

Sem contar com nem um cobre

Foi o protetor do pobre

Que no sertão quis ficar.

 2

O sertanejo abatido

Com a vida já no fim,

Sem poder ser socorrido

Só pensa no que é ruim,

Mas a pobreza encontrou

 Charles Bezerra Cabral

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    Dando sequência a Literatura Cordelista, publicamos  mais um exemplar do primo poeta Rena Bezerra.

 

 

O VELHO BERNARDO,
E A ONÇA QUE FALAVA.

 1

Hoje de manhã eu fui

La na Serra do Marinho,

Onde a brisa beija o rosto

E a paisagem faz seu ninho,

La o ar puro transborda

E de manhã se acorda

Com o canto dos passarinhos.

 2

Que paisagem deslumbrante

Que imensidão tão linda,

Quanto mais se vê o belo

Mas tem muito belo ainda,

Tem mirante, tem farol

 Charles Bezerra Cabral

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    Dando sequência a Literatura Cordelista, publicamos  mais um exemplar do primo poeta Rena Bezerra.

 

 

O MORTO QUE NÃO MORREU

 I

Outro dia nas caatingas

Nordestinas do sertão,

Um homem já muito velho

Doente do coração,

Deixou viúva uma senhora

E um filho que muito chora

Essa perda sem razão.

 II

Quando a morte vem chegando

Não escolhe cara ou cor,

Pode ser velho ou novo

Envolvido de amor,

Deus chama pra vida eterna

 Charles Bezerra Cabral

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    Dando sequência a Literatura Cordelista, publicamos  mais um exemplar do primo poeta Rena Bezerra.

 

O ENCONTRO DE LAMPIÃO

COM O CABOCLO MARCOLINO.

 1

Em Patos de Irerê

De São José de Princesa,

Teve um fazendeiro forte

Homem de muita riqueza,

Era o coronel Marçal

Detentor e maioral

Das terras da redondeza.

 2

Irerê que antigamente

A Princesa pertenceu,

E foi nesse tempo que

Muita coisa aconteceu,

Foi um passado brilhante

 Charles Bezerra Cabral

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    Dando sequência a Literatura Cordelista, publicamos  mais um exemplar do primo poeta Rena Bezerra.

 

 

O CANGACEIRO MEIA-NOITE:

“Bravura, amor, ódio e Traição”

 

(Autor: Rena Bezerra)

Poeta e professor

 

1

Antonio Augusto Feitosa

‘Meia-Noite’ seu criado,

Era assim que o cangaceiro

Tinha sido batizado,

Um mulato destemido

Nesse sertão conhecido

Era muito respeitado.

 

2

Nasceu em 1902

Em Olho D’água do Casado,

Em terras Alagoanas

Ali ele foi criado,

Por lá cresceu com a fama

 Charles Bezerra Cabral

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    Dando sequência a Literatura Cordelista, publicamos  mais um exemplar do primo poeta Rena Bezerra.

 

 

O MILHO PLANTADO EM 15
SÓ NASCEU NO 16.

 1

“O velho” Bernardo me contou

Que em 1915 não choveu

Uma semente por aqui sequer nasceu

Nem mesmo uma que seu primo lhe arrumou.

Era um milho do agreste que chegou

Trazido pelo bom Napoleão

Que queria implantar nesse sertão

Uma nova cultura resistente,

 Charles Bezerra Cabral

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    Dando sequência a Literatura Cordelista, publicamos  mais um exemplar do primo poeta Rena Bezerra.

 

 

JACKSON DO PANDEIRO

“O REI DO RITMO”

-2019 ano do seu centenário-

 1

Nascido em Alagoa Grande

Em 31 de agosto, 1919

Recebeu com muito gosto,

Nosso José Gomes Filho

Que chegou para dar brilho

Naquele dia ao sol posto.

 2

Já nasceu ouvindo coco

Sua mãe era cantora,

Chamada Flora Mourão

Mulher forte, lutadora,

Ela tinha uma bandinha

 Charles Bezerra Cabral

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    Dando sequência a Literatura Cordelista, publicamos  mais um exemplar do primo poeta Rena Bezerra.

 

 

ILUSTRES ANÔNIMOS  DA MINHA TERRA

 01

Já fiz rimas pros juízes

Doutores da minha serra,

Já falei das meretrizes

Que vive uma eterna guerra,

Mais agora vou mudar

Pra dar espaço e falar

Dos Ilustres da Minha Terra.

 02

Começo por João Caití

Que se fez um soberano,

Em todo boteco aqui

Foi freguês de muitos anos,

Rugas em seu rosto vinga

 Charles Bezerra Cabral

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    Dando sequência a Literatura Cordelista, publicamos  mais um exemplar do primo poeta Rena Bezerra.

 

 

CORDEL DA INCLUSÃO SOCIAL

 1

É um conjunto de ações

Que protege muita gente,

Principalmente aqueles

Taxados de “diferente”,

Para uma sociedade

Que tem a bem da verdade

O preconceito na frente.

 2

Pra mim o deficiente

É o ser intolerante,

Que se acha aqui na terra

Como o ser mais importante,

Mas não passa dum tinhoso

 Charles Bezerra Cabral

francisco.charles@ipa.br

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    Dando sequência a Literatura Cordelista, publicamos  mais um exemplar do primo poeta Rena Bezerra.

 

 

CORDEL DA TERCEIRA IDADE

 1

A terceira idade é

Uma nova etapa da vida,

Que começa nos 60

E se manda sem medida,

Muitas modificações

No corpo umas reações

Que chegam de ‘inxirida’.

 2

Também é atribuída

Para essa nova idade,

Alteração das funções

Tem menos mobilidade,

Fica também mais tinhoso

 Charles Bezerra Cabral

francisco.charles@ipa.br

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    Dando sequência a Literatura Cordelista, publicamos  mais um exemplar do primo poeta Rena Bezerra.


CASA DE MATUTO TEM...

 

I

Tem oratório pra reza

E um dono que muito preza

Seu santo de devoção

Tem mesinha de oração

Com flores por cima dela,

Castiçal, incenso e vela

Pra fazer adoração.

 

II

Tem uma mesa que cheira

Com inhame, macaxeira

Com corredor e pirão

No chiqueiro tem capão

segunda-feira, 7 de agosto de 2023

 Charles Bezerra Cabral

francisco.charles@ipa.br

87-9.9658.1350

    Hoje vamos iniciar a publicação de (12) doze exemplares de literatura de cordel escritas pelo meu querido primo Rena Bezerra, poeta da cidade de São José de Princesa. O Rena reside nessa histórica cidade mais precisamente no Alto dos Bezerra, no Chalé/Casarão de propriedade da família e que foi construida entre os anos de 1917/1918 pelo meu saudoso bisavô, LUIZ BEZERRA LEITE (santo bezerra), falecido em 1954.

    Rena Bezerra nasceu em 02/11/1969, é filho do meu saudoso primo EDILSON BEZERRA LEITE e da minha prima RITA HENRIQUE BEZERRA. É licenciado em Biologia pela Faculdade de Formação de Professores de Arcoverde na turma de 1993. Dotado de grande cultura e sabedoria, Rena Bezerra além de poeta, é Professor e pecuarista, e vive da criação de gado de leite nas propriedades herdadas do pai e que estão na família a cerca de dois séculos, desde a chegada dos Bezerras em São José de Princesa lá pelos idos de 1801. (vê matéria sobre a chegada dos Bezerra em São José de Princesa: http://charlescabral-ipa.blogspot.com/2016/03/origem-da-familia-cabral-em-sao-jose-de.html).

                                                          Poeta Rena Bezerra declamando


Casarão/Chalé do Alto dos Bezerras em São José de Princesa PB construído entre 1917/18


CONTENDA ENTRE OS BEZERRAS de São José de Princesa E OS FERREIRAS de Vila Bela.

(Autor: Rena Bezerra)

-Poeta e Professor-

 

Se passou no século XX

Isso que eu vou contar,

Os Bezerras e os Ferreiras

Sempre junto a viajar,

Tangendo seus animais

Pra transportar cereais

Cada qual pra seu lugar.