HISTÓRIA DA FAZENDA
SACO – SERRA TALHADA, PE
Parcelamento da área
primitiva
Antônio
Timóteo Sobrinho
timoteo.sobrinho@ipa.br
Por mais de 200 anos, a Fazenda Saco permaneceu integrada num mesmo
bloco. Primeiro sob a posse e domínio dos pioneiros da Família Magalhães, desde
1757. Passou para a Família Godoy em 1920 e, finalmente, em 1930 para o Estado
de Pernambuco, permanecendo integrada em área contínua de 3200 hectares, até
1984, quando começou o seu parcelamento.
Entendem-se as decisões dos gestores,
quando se decide pelo parcelamento da Fazenda Saco como justas, razoáveis e até viáveis sob o ponto de vista econômico, e também útil, sob o ponto de vista social. Também, há de se reconhecer como manifestação pública de cidadania, a cobrança da continuidade dos atos administrativos referentes ao parcelamento da Fazenda Saco.
quando se decide pelo parcelamento da Fazenda Saco como justas, razoáveis e até viáveis sob o ponto de vista econômico, e também útil, sob o ponto de vista social. Também, há de se reconhecer como manifestação pública de cidadania, a cobrança da continuidade dos atos administrativos referentes ao parcelamento da Fazenda Saco.
Atente-se que a criação do Assentamento do Haras, teve com o objetivo
principal remover ocupantes da área da Estação Experimental do IPA, posto que
com a população de mais do que 110 famílias residindo dentro do perímetro da
Estação, já não era confiávelconduzir as pesquisas agronômicas. Além de animais
não vinculados ao rebanho do IPA, a presença de numerosas pessoas estranhas ao
serviço traz frequentes malefícios aos trabalhos realizados. Entretanto, ainda
hoje, a área do Haras está ociosa, sem que o IPA possa usufruir a mesma,
tampouco os novos assentados
desfrutam-na. Clama-se pela atenção das autoridades legitimadas, por
providências para concluir o ato administrativo, para o bem de toda a
população.
Outro descaso, pouco caso, omissão, ou qualquer que seja o nome
apropriado para o fato, é a descontinuidade da instalação do Parque da Mata da
Pimenteira. Uma área de preservação permanente requer ações complementares ao
ato de criação ou à assinatura do decreto que a instituiu. No mínimo, a área da
Pimenteira haveria de ser cercada, devidamente isolada e ter uma
vigilânciapermanente contra a presença de animais domésticos, contra a ação
predadora de lenhadores e caçadores, hoje, ali presentes como se donos fossem. O
que ocorre de fato é que: o IPA cedeu a área, não sendo mais responsável pela
mesma. Por outro lado, até o presente, ninguém apareceu para tomar conta, nem
dar sequência ao ato criador da nova função.
Providências são necessárias no sentido de serem assumidas as
responsabilidades advindas desses atos de parcelamento da Fazenda Saco e da transferência
de posse.
A descontinuidade na edificação do Centro de Treinamento do IPA,é
outro fato que precisa ser de conhecimento público. As obras iniciadas há mais
de um ano permanecem paralisadas há mais de seis meses. Saliente-se que a continuidade
não é da responsabilidade do gerente local.
Destaca-se como não racional, a decisão de demolir prédios existentes,
sólidos, ainda que mal conservados, mas principalmente, dotados de caráter
histórico, para no lugar colocar novas edificações, quando áreas sem limites
estão disponíveis para essas.
O caráter histórico mencionado se refere à
residência designada para o chefe da Estação Experimental do IPA em Serra
Talhada, na qual, na década de 40 (quarenta), Agamenon
Magalhães instalou o Governo do Estado por mais de uma semana. Naquela casa se
hospedava o governador sempre que voltava a Serra Talhada, sua terra natal.
Nessa mesma casa, agora demolida dando lugar ao Centro de Treinamento, se
hospedaram na companhia do Governador Agamenon Magalhães personalidades como
Assis Chataubrian, Marechal Mascarenhas de Moraes, dentre outras do mesmo
quilate.
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